segunda-feira, 17 de outubro de 2011

um abuso

'salário mínimo aumentou apenas 88 euros nos últimos 37 anos'

aqui

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

até sábado

não tenho pena nenhuma de 4.381.897 portugueses.

aos outros, até sábado!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

longos dias têm cem anos


se houve uma coisa que toda esta crise económica nos tem comprovado é que aqueles que a criaram (essencialmente investidores sem qualquer escrúpulo) têm conseguido salvaguardar e proteger os seus interesses de uma forma ardilosa e inteligente. a todos eles faço uma vénia porque, de facto, é genial a forma como tudo foi completamente deturpado.

'a culpa é da classe média que quis ter tudo sem condições para poder pagar'. 'a culpa é dos subsídios que foram dados aos pobres que não querem trabalhar'. 'a culpa é dos supervisores'. 'a culpa é dos governos que apostaram em manter um estado social que não faz mais sentido'.

não. com o devido respeito, a culpa é toda vossa. investidores sentados confortavelmente em casa que apostam nos grandes centros económicos com os conselhos de agências de notação, de risco e essas trapalhadas todas, sem qualquer interesse sobre o futuro de qualquer pessoa que não sejam eles mesmos.

a verdade é que, salvo raras excepções, a mensagem não passa. não, não sou eu que sou um génio e me apercebi de tudo isto. toda a gente o sabe. toda! o que parece é que não surge qualquer alternativa, uma outra via, uma outra forma de solucionar os problemas.

eu acredito que existe. os jovens do cairo, da tunísia e muitos outros países árabes também. as pessoas que actualmente protestam em wall street também. e é mais do que tempo de dizer a verdade, sem medo, doa a quem doer. já chega de mentira e sacrifícios mal explicados.

a todos esses senhores deixo apenas uma ideia: 'longos dias têm cem anos'.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

esses malvados

Conta a "Folha de S. Paulo" que, depois de a sua casa ter sido assaltada, o deputado brasileiro António Salin Curiati (PP) criticou as políticas sociais da presidente Dilma que "agracia[m] a comunidade carente, e eles começam a ter filhos à vontade", defendendo que é preciso controlar a natalidade dos pobres, já que, se não chegarem a nascer, "eles" não andarão por aí a assaltar casas. Invocou, a propósito, o exemplo dos países em que se decepam as mãos aos ladrões, embora assegurando que não concorda com o método (pois seria decerto humilhante ser assaltado por pobres com cotos em vez de mãos).

Controlar a natalidade dos pobres (castrá-los, por exemplo; julgo que, há uns anos, houve um projecto do género na Índia) pode ser uma boa ideia mas põe alguns problemas. Se os pobres não tiverem filhos, o que é que os ricos comem? E quem pagará impostos? E quem trabalhará para os ricos e morrerá por eles nas guerras com que os ricos ficam mais ricos? E pior: sem pobres, como é que os ricos poderão praticar as acções de caridade com que obtêm perdão por tudo quanto fazem na Terra, dormindo de consciência tranquila e reservando suites de luxo no Céu?

Eu sei que os pobres são maus e assaltam os ricos e que, em contrapartida, os ricos nunca assaltam (nem através das leis do trabalho e dos bancos) os pobres. Mas não seria mais prático, em vez de castrá-los, obrigá-los a assaltar apenas pobres como eles?


Manuel António Pina
(2011-08-26)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

da luta

« A empresa Hanjin Heavy Industries and Construction anunciou no ano passado que iria despedir 400 pessoas dos seus estaleiros na cidade de Busan (Sul). Isto fez com que Kim Jin-suk, membro de um sindicato, desse início ao seu protesto.

Trinta e cinco metros acima do solo, por cima de um estaleiro ventoso e tendo um balde para fazer as necessidades, a mulher de meia-idade está a levar a cabo um protesto solitário contra uma das mais conceituadas empresas sul-coreanas, relata a BBC.

Uma mulher sul-coreana passou hoje o seu 200.º dia no topo de uma grua de um estaleiro sul-coreano em protesto contra as medidas de lay-off apresentadas pela empresa naval aos seus funcionários.

“Vim para cá no Inverno, agora é Verão e está muito calor”, disse Kim Jin-suk falando com a BBC a partir de um telemóvel com bateria solar.

“Estou a viver numa gaiola de metal e, como está muito calor, isto é como uma sauna. Não há electricidade, é um espaço muito confinado, não posso ler livros e não me posso lavar. Mas estou aqui em nome dos trabalhadores que foram despedidos”, explicou a funcionária.

No mês passado alguns líderes sindicais conseguiram chegar a um acordo com a empresa para o final da greve, que prevê mais dinheiro compensatório para os trabalhadores despedidos. Mais de metade das pessoas afectadas aceitaram o acordo mas mais de 100 outras argumentaram que querem trabalho e não compensações.

Kim Jin-suk diz que não irá descer da grua até que os trabalhadores despedidos sejam novamente readimitidos. “É muito injusto: logo após os despedimentos massivos a empresa aumentou os salários da administração. Mas se isso for rectificado e se os despedimentos forem anulados, eu posso descer em qualquer altura”, disse Kim Jin-suk. »


Fonte: Público

sexta-feira, 22 de julho de 2011

a primavera coelhista


Anda tudo excessivamente calmo. A música hoje é outra e eles já não comem tudo, só vendem.

Em qualquer caso e apesar das mensagens permanentes de conformismo e falta de alternativas, o povo é e será sempre quem mais ordena, nunca me cansarei de o dizer.

Só espero que não 'acorde' tarde de mais.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Quando se gosta, gosta-se, e pronto!

Cá estão mais novidades na nossa vida politica que me motivam a escrever nesta nossa romaria, não fosse hoje dia de St. António, o Casamenteiro. Vem tudo a propósito.
Hoje continuam as conversações de um casamento anunciado, que já o era antes de ser, ambos com disparidade de culto, mas com um amor comum.
Às Portas de Belém Coelho já entrou, mas ambos, sem saber quem, contrato já assinou. Pois é...mas quando tudo já parecia acertado, eis que surge a dúvida, de um velho amigo deste blog, hoje resuscitado. Não poderia deixar de ser, e quando entraram para com o punho assinar, deram conta de um lugar que faltava ocupar. Faltava o Presidente, da Assembleia Parlamentar, a Fernando tinha sido prometido este nobre lugar. Mas Portas tinha dito...Fernando nem pensar, porque eu Paulo muito darei que falar.
É assim mais ou menos, neste dia de união, que um Santo Casamenteiro, elimina a divisão.
Qual FMI, Crise, Divida, Desemprego, Investimento, Privatização...nada disso os divide, nem a morte, seja ela lenta ou nem por isso.
Fernando, esse Cristão de corpo inteiro, trocando a AMI pelo FMI, diz que por este país, até nem se importa de ser um Ministro feliz.
Só ele os divide, só ele os faz adiar o copo de água...o anúncio final...
É assim no amor, há sempre algo - maior- concerteza - que os faz justificar, que as promessas prometidas, (só vou se assim for), só serão cumpridas se nada me deres com maior louvour.
Tudo o que aqui digo, foi antes de saber, o brinde que faremos, pelo Nobre no Poder.
Onde ficará não sabemos, em são bento ou no comércio, tanto faz, não fosse ele especialista de uma pobreza altruista e que tanto quer ser estadista deste nosso Portugal com fim à vista, digo eu um mero analista...